quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A GRANDE JORNADA 10ª PARTE - Final




10

O Purgatório, mas que cousa estranha!
Ali bem escondido na montanha –
Que fica recoberta no sereno,
E tarde fica um algo obsceno,
Só para provocar a Humanidade,
Que vive na fulgaz Felicidade,
Na forte e frouxa e falsa Fantasia,
E a carne – o desejo – se extasia,
Mais rápido possível nós saímos.
Lamentos como injúrias, sim, ouvimos;
Mas longe já se via a Gran Cidade –
Mais linda que qualquer preciosidade;
À frente – à nossa frente – tinha um rio –
Profundo, claro, forte, e viril –
Oh! Temos que sem medo, atravessar,
Pedimos para Deus, então, guiar;
Apareceu pra nós como uma bomba,
Uma brilhante e branca e bela pomba;
Foi como aquele povo que partiram
Fugiram pro deserto – do Egito
Achando tudo aquilo esquisito
Oh que Jornada! Grande rio Jordão!
Oh quanta angústia! Quanta provação1
Mas nós permanecemos bem unidos,
E nunca mais nos demos por vencidos;
Ah caminhamos muito – com coragem
O sol, a chuva, a névoa na viagem,
Não foram obstáculos pra nós...
Pois nunca nos sentimos mesmo a sós.
Mas avistamos, mais um pouco à frente,
Um muro nunca visto – diferente –,
Bem alto – quase não se via às bordas
E, nele, estavam várias, várias cordas,
O muro já era a prova derradeira
As cordas lisas... – só pra dar canseira –,
Cortavam nossas mãos profundamente,
As lágrimas na face, o sangue quente,
Deixava-nos contritos co’alm’arder
Confusos – sem sabemos que fazer
Então não desistimos de subir
E nem nos preocupamos co’ porvir
Chegamos lá na borda  - não era farsa
No centro da cidade estava a Sarça –
Que nunca se apagava ou consumia
Nos dando muita – muita alegria...
Chegamos finalmente! – enfim chegamos!
A caminhada nós já terminamos
Já podem nos chamar sobreviventes
Chegamos! – sim! – Chegamos finalmente!


                                                    20, junho, 1997 – 23, março, 1998

A GRANDE JORNADA 9.ª PARTE






9

Corremos! Só corremos e corremos;
E atrás de nós estavam vários demos:
Abadon, Astoraoth e Asmodeu…
O dia tão brilhante escureceu,
Então rogamos todos numa prece,
E, de repente, eis que do céu desce:
Arcanjos, principados e virtudes –
Os arredores eram juventudes,
Os seres celestiais – dourados anjos –
Mostraram os seus cânticos có esbanjo:
Veuhiah, Miguel, Roguel, Assalian,
Assim como as estrelas da manhã,
Lutaram co’s demônios e os venceram,
Até que alguns demônios pereceram.
E Rafael nos disse: “Eis que está perto!
Estais andando no caminhos certo!”
Então foram subindo um a um
Não mais tinha vestígios – sim nenhum
E agradecemos todos ao bom Deus
Que a prece nossa ouviu e atendeu,
E vimos que o deserto se acabava
E numa escura mata se formava,
Rugidos e rosnados nas florestas
Um frio subiu da espinha à nossas testas,
Os olhos verdes vivos da pantera
Com da raposa lobo – quantas feras! –
Rosnavam todos juntos co’o leão,
Cercavam-nos com muita precisão,
Para quererem nos amendrontar
Mas algo – sim – fazia-nos passar,
E as feras nada nos fizeram;
Pois lá é só pecados que imperam,
Andamos confortados e sem medos,
    E vimos – que terrível –, um degredo,
Bem mais, que Escondido pelas ervas,
A multidão mui triste – a caterva –
Com um pavor no rosto um tanto estranho,
Nas faces não há carne – só langanho –
Cadáveres tão pútridos – fedidos,
Queriam nos fazer muitos pedidos
Pra se livrarem de seus sofrimentos
Oh! Quanta angústia! Quantos vãos tormentos,
     A cada choro - cada confissão,
Até que nós sentimos compaixão,
Mas que fazer meu Deus para salvá-los
Se por uns vão problemas – uns abalos –,
Em Ti não mais quiseram confiar
Somente blasfemar e blasfemar!
“Mas que lugar estranho?! Tão notório!...”
“Não sabes inocente?! O Purgatório!...”


A GRANDE JORNADA 8.ª PARTE





8

Então, deitados sobre àquela areia,
Olhamos para a bela lua cheia;
Estava tão serena – toda branca,
Nos arrancou – assim como se arranca –,
O nosso entediante sofrimento;
Tornou-nos vigorosos – com intento
Dormimos nosso sono abençoado
E cedo, de manhã já acordados,
Nós prosseguimos pela madrugada –
Para o final da nossa caminhada;
As árvores campestres os bons frutos –
Tão doces, sedutores, impolutos –,
Fartavam nossa fome – sim fartavam
E, que milagre, nunca se acabavam;
E todos ‘stavam mais que satisfeitos
Seguimos nós, Então, por seco leito.
E vimos um palácio de cristal –
Tão lívido, perfeito, sem igual,
E logo na entrada do palácio –
Sabíamos que n’era nada fácil –,
Pois nele Estava escrito assim: “SAUDADE”
Entramos com temor e com vontade,
É lá que ficam todas as memórias,
Oh sim! Ficam arquivadas as histórias,
Relemos, e vivemos – prazer
A vida interessante por nascer
E não deixamos um compartimento,
Percorremos com contentamento,
A placa lá da porta da saída,
Em letras garrafais – bem conhecida,
Estava uma mensagem – sim – escrita
Mensagem que nem todo ser medita –,
Estava escrito: “Tudo vale a pena!”
E mais embaixo: “Se a alma não é pequena!”
Partimos – sim – de lá maravilhados
Com todas essas coisas do passado,
Depois de muito Andar sem mais ver nada,
Nós vimos, pela frente, uma entrada,
Então paramos para descansar
E ouvimos uma voz a nos chamar:
“Sejam bem-vindos seres sem maldades!
Se acheguem mais na casa do bom Hades!”
E caminhamos feitos uns palermos
Entrando mais e mais pelos infernos,
E vimos os horrors do orgulho…
Gemidos com orgias e barulhos…
Sorrisos, gargalhadas dos demônios,
Hospício! Que loucura! Manicômio!
Fugimos o mais rápido possível
Daquele luga quente, frio, horrível.

A GRANDE JORNADA 7ª PARTE



7

Que caminhada dura – com espinhos,
Estradas tão desertas – sem carinhos,
Sem cantos dos bons pássaros cantores,
Estradas que só tinham dissabores,
Escuridão sofrida – que tristeza,
Estrada sem nenhuma realeza,
Às vezes tão demente, tão sombria,
Deixando qualquer alma assim fria
Mais uma luz brilhava incessante;
“Não desistais!”falava “Sempre avante!...”
Cansados- tão cansados – nós seguimos –
Mas nunca fatigados – prosseguimos.
A doce e leve chuva de outono,
Bem mansa, abençoava o verde gomo,
Sim verde- muito verde- da esperança,
Querendo nos mostrar a gran bonança
Mas muitos já diziam: “Que distante!
Queríamos chegar lá num instante;
Mas o caminho está dificultoso;
Somente sofrimento e nenhum gozo…”
Choramos, sim, choramos – só choramos,
E a chuva tão dourada, sobre os ramos,
Juntavam-se às lágrimas salgadas,
Limpava as visões entrenubladas,
Que gotas socrossantas – tão amenas
Tornaram nossas faces mais serenas,
Chegamos esquecer dificuldade,
Queríamos só chegar lá na Cidade,
Caminho duro aquele – quanta pedra!
Com rochas pontiagudas – niguém quebra,
Tão finas e cortantes – que navalhas! –
Miríades de miríades como palhas,
Deixamos pela Estrada nosso sangue,
Ficamos, num momento, um tanto exangue,
Pensamos todos nós “Conseguiremos!”
E ali como tememos – sim tememos –
Mas, de repente, um bálsamo tranqüilo,
Curou nossas feridas com estilo:
Não derramamos mais as nossas lágrimas,
Que ardia como fogo de um vinagre nas
Feridas rubras roxas – pustulentas
Ficaram limpas, puras – sim – isentas,
O sol quente, às vezes escaldante,
Queimando-nos com raio radiante,
Deixava-nos co’aquela insolação;
Pensávamos se havia salvação
Ali naquela areia – no deserto,
Até que uma nuvem chegou perto,
Choveu e deu-nos água fresca e sombra;
O chão nos pareceu macia alfombra…

A GRANDE JORNADA 6.ª PARTE




6

Talvez pr`um verso belo – verso rico,
Não é bom saber… – como é que me explico,
Um verso pobre – verso livre – solto –,
Às vezes é mais forte do qu`um douto,
E rimas raras, ricas – do Parnaso –,
Que quando escreve pensa: “Que arraso!”
No fundo pensa bem: “eu não sou nada”
Que versos tão banais na madrugada;
Que tanto oportunismo infeliz
E nada, agora, tem mais diretriz,
Os salmos, os provérbios – ricos enfim,
São belos, são divinos – sim são sim!
Lamentações, cantares e o de Jó,
Incomparáveis gênios – hoje pó,
Mas lá, nag ran cidade, nós veremos
Discípulos, profetas – tão amenos,
Escreveremos lá muitas histórias –
Não mais com finais tristes – ou sem glórias,
As músicas serão encantadoras
As notas mais serenas – sedutoras –,
Trarão mais paz de espírito – que paz,
Não mas vida agitada – sim não mais,
Também sedentarismo, nem stress,
O corpo trasnformado, a cord a tez,
Serão mais vigorosos – encorpados,
Sorrisos e abraços como agrados,
Vão ser mais que comum – preconceito,
Pois todos estarão sem um defeito,
As amizades puras – verdadeiras,
Serão sinceras, sim, – vidas inteiras,
Sem briga, fome, pestes nem doenças,
Será, sera mui bom tantas presenças,
E todos falarão: “Valeu a pena!”
Cidade de ouro e prata e muitas gemas:
Cristais, opalas, ônixs e pérolas,
A verde mata jade – também cérulas,
Darão-nos sombras frescas – frutas doces,
A brica – sem mistério ou sem ou-se,
Não mais trarão lembrança enterradas,
Palavras doloridas ou malvadas
Apenas paz – também tranquilidade,
Bem fortebem falaz felicidade,
Que bom amigos – sermos bons amigos,
Nos maus momentos, termos bons abrigos;
E, sempre estarmos juntos – sempre unidos,
Teremos um futuro garantido,
Oh! Sendo lutadores e honestos,
E não enganadores vis funestos,
Oh! vamos, meus amigos repensar
Pra começarmos hoje caminhar…


A GRANDE JORNADA 5.ª PARTE



5
Nós já fazemos parte da família,
Que vive bem distante – numa ilha –,
Onde n’existe amis acepções,
Nem falsidades ou desilusões,
A cor das folhas são meio diferentes:
É cor de prata e ouro reluzente
O vento lá é fresco – pura aragem,
As brisas, refrescantes, interagem
Junto às almas que lá vivem muit felizes;
Então não é bom?! Então... Nem tu me dizes!?
Procure pelo mundo bom lugar –
Lugar ameno e puro pra morar –,
Passárgada talvez – ou o Paraíso –,
Não dá par’eu dizer – e nem preciso –,
Qu’este lugar aqui nunca existiu;
Nem mesmo um olho humano jamais viu,
E nunca – nunca – mesmo mais verá;
Nem busquem ou perguntem: “Pois será?!”
Nãp foste corajoso oh! Covarde!?...
Agora não precisa mais chorar,
Nem mesmo c’um revólver se matar,
Pois vais estar no nada – sem alento,
Irás pro Vale Arrependimento –
Pensando e repensando nos seus males –,
E viverá pra sempre nesse Vale.
E nunca mais terá reclamação,
Nem xingamento – mesmo – ou maldição,
Pois todas essas cousas já passaram –
Esquecerão os reis que já reinaram;
Que bom! Não haverá melancolia,
Nem mais existirá a noite fria,
Cansaço, dor, tristeza, solidão...
É doce! É muito doce ao coração;
Que bom! – Que bom remédio pra noss’alma,
Que mansa brisa branca que acalma,
E vem tão perfumada – flor-de-malva,
Torando tudo etéreo!... – assim brumalva,
Os sons – enfim –serão harmoniosos,
Sem falhas, sem amantes orgulhos.
- Amantes que se dizem entender,
E no fundo nõ sabem que fazer,
Oh sim! Que frutas doces lá teremos –
Que isentas estarão de algum veneno –,
E como saciará a nossa fome,
O figo abacaxi, morango a “pome”,
Com seus perfumes doces – seus aromas,
Dirão pro povo todo “Sim nos coma!”
Mas que cidade é essa? – onde se esconde?
Perguntas! – só perguntas – quem responde?


A GRANDE JORNADA 4.ª PARTE





4
Mas logo o tempo passa... – Que bobagem!
Aquilo tudo apenas fresca aragem...
E casam-se... Casando que  emoção!
Os filhos para a nova Geração...
Perguntas tão confusas compromotem,
Polêmicas, confrontos se repetem:
Vêm desesperos – choros estridentes –,
De chantagista, esnobe – exigentes –,
Que na primeira pedra tropeçaram,
E lá do chão não mais se levantaram;
E querem empedir de andar pra frente,
A todo grande herói remanescente,
Conversas com tão grandes obstáculos,
Desânimos que são uns espetáculos,
Deixando a muitos, mais do que confusos,
Desnorteados logo – em parafusos,
Mas vinte e quatro horas têm um dia,
Mudanças acontecem – que alegria –,
São tranferências boas – necessárias –,
De sinfonias doces – multivárias,
A vida quer nascer de qualquer forma,
Nos risos das crianças, no verão,
Nos seres que se amam com paixão,
O mundo como é belo antes de tudo,
O ar azul celeste – bem veludo,
O mar é muito verde – esperançoso,
Amigos... – um brilhante precioso,
A ponte da saudade está repleta,
Dos vencedores da vida incompleta,
Enfim...a caminhada já chegamos,
Nas frontes recebemos nosso ramos,
De louro verde-escuro – cor de jade,
Unidos pela força da amizade,
Deixamos neste mundo – pro futuro:
“Se for fazer não seja inseguro...
Fazendo com paixão – sem nenhum medo -,
O fardo fica leve – não é segredo.”
A estrada logo à frente não tem fim
Está dizendo a todos: “Vinde a mim...
Pra receber a jóia da vitória...
Colhida no jardim do rei da glória!”
Mas muita gente permaneceu unida.
A gratidão se faz, por um momento,
Nas horas com ou sem contentamento,
A mesa está posta aos convidados,
( - Aqueles que chegaram tão cansados ),
Sentemos nesta mesa – pura prata -,
Alegres pra comermos – que ceata! -,
E nunca mais seremos conformados:
Pois estaremos todos transformados.

A GRANDE JORNADA 3.ª PARTE



3
Não há  beleza igual a do crepúsculo,
Que revigora músculo pôr musculo,
Transmitindo-no muita paixão;
E um bom momento de reflexão:
Atrás daqueles grandes verdes montes,
Que o sol descansa além do horizonte,
Existe um lugar dos vencedores,
O sol nasce brilhante; o ar cheio de odores,
Floríferos de orquídeas e bromélias,
Antúrios, sempre-vivas e camélias,
A brisa, lá, macia é de organza,
O mar, às vezes forte, é só bonança,
A chuva é sempre calma e temporã,
Depois que passa , o mato co’a maçã,
Vai perfumando o extenso ambiente,
Tornando tudo fresco, ou, então, caliente,
E lá, nesta cidade, não há temores,
Pois todos depositam suas dores:
Desilusões, injúrias e fracassos,
No Letes são jogados – passo-a-a passo,
As águas são mais frescas – minerais,
As plantas são mais verdes – sim são mais,
Nenhuma intriga, nem desunião,
Nem mesmo inveja, orgulho, ódio e ambição,
Pois a cidade é para muito poucos –
E não para o covardes e nem loucos,
É lá que todos contam as histórias,
Algumas tristes, outras com vitórias,
Mas todas, à princípio, mui felizes,
Pois sempre no final, diretrizes,
Quantas lições não foram aprendidas?
As tantas cicratizes das feridas,
Já desapareceram – não há marca,
Não resta ao menos uma bem mais parca,
Pois lá não há nenhum ressentimento,
O povo lá é muito hospitaleiro -
Quer seja peregrino ou forasteiro;
As casas, lá, são mais aconchegantes,
Amenas, aquecidas, elegantes.
Lugar divino amor que se mantêm...
Com  glórias, aleluia, hosana, amém –,
Aceso da esperança no futuro,
Dos jovens hoje – fortes – imaturos,
Que perdem-se com coisas tão danosas,
- Sofisma – ilusões esplendorosas,
De um mundo inexistente e mui vazio,
Querem calor! – mas só encontram o frio,
E não aceitam ! – ficam revoltados,
Ninguém entede!: “Todos ‘stão errados!”...

A GRANDE JORNADA 2ª PARTE



2

Alguns, infelizmente, desistiram,
Não nos dissera nada... Partiram;
Abandonando sonhos e desejos –
E cancelando abraços e beijos –,
Porque não conseguiram lá chegar...
Caíram e não quiseram mais tentar;
Que tal agora uma elucubração?
Para tirarmos uma conclusão:
Que tal olharmos tudo à nossa volta?!
Quanta tristeza, angústias e revoltas,
E, mesmo assim, a vida continua...
O que seria da noite sem lua?
Uma tremenda e triste escuridão,
Depreciativa – dura depressão,
Vejamos o exemplo da floresta:
Vêm chuvas, vem queimadas – inda resta
No ventre dessa terra –, as sementes;
Que brotarão felizes e contentes.
Uma árvore cortada brota forte –
Pois corajosamente, enfrenta a morte -,
Quer dar flores, frutos – nunca desistir;
Se estranho está o dia, o sol não deixa de sair,
A noite pode até chegar escura –
Sem vida, sem nenhuma formosura.
Mas vem chegando a bela madrugada,
Saudando, co’esperança, a alvorada –
Que vem para nos dar a aurora boreal –,
Que nasce todo dia, mas nuca é igual.
Quem sabe pode ser manhã de inverno –
Daquele congelado e tão terno –,
Nem mesmo assim, é triste a manhã
A névoa matutina e muito élan –
Tem cheiro e gosto doce de laranja,
Nos galhos passarinhos’stão na manja,
Brindando a todos nós c’uma canção –,
Que vem como remédio ao coração
E, claro, com’um bálsamo na alma.
O orvalho brilha muito junto à palma –
Que traz o prisma raro d’arco-íris –
Não há quem não admire e não delire
Tão grande – grande – show da Natureza –
Um misto de mistério com beleza;
Mas isso, como sabes, é pequeno,
Vejamos o crepúsculo sereno:
Dourado azul vermelho alaranjado –,
Que cores! Que textura! Que bordado!
Que pedra rara! – Perla d’Oriente,
Que o Ser divino dá-nos de presente...