Esse
escrito não é uma crônica, não é um conto, talvez um ensaio, quem sabe... Dessa
vez não quero pretensões literárias. É apenas um fluxo de consciência. Perdoem-me
colegas se, de repente, o passado cruzar com o presente; importa é memória.
Ainda
me lembro das “terríveis” manhãs para ir à escola e da primeira professora
Maria José – um doce de profissional. Dos exercícios físicos, da hora das
histórias na biblioteca... Lembro-me dos
domingos ensolarados e do horário de verão... Das chuvas de verão que caía no
asfalto subindo um vapor então... Das tardes que nunca se acabavam quando, no
ginásio, ficava olhando a estrada pela janela num olhar perdido... Dos
trabalhos escolares na casa dos colegas e alguns que viraram grandes – os
melhores – amigos... Das provas e trabalho de folclores... Aquele tempo era
bom, pois o estudo era pra valer. As idas ao Centro Cultural para
pesquisa... O passeio ao zoológico, à
fábrica da Coca-Cola, a Estação Ciência... Os anos passados no Figueiredo e
como vivíamos numa espécie familiar...
Tiveram desavenças, descobertas, desafios... Os mestres que
marcaram: Ruth, Alteres, Waldemar,
Cleusa, Valry, Nara, Neide, e a dona
Olga...
Lembro-me de uma viagem com meus primos a Barretos. Foi a melhor, depois viria uma grande perda: meu primo – com onze anos – morreria afogado no dia seguinte em sua nova residência. Passamos o Natal e o Ano-novo. Sim, lembro-me da árvore natalina em casa da minha tia quando eu dormia lá: o algodão qual neve, o pisca-pisca, os enfeites de vidros... Voltávamos da praça quando ele escorregou e caiu na fonte. Aí todos resolveram se molhar para ele na apanhar... Eu era então um desbravador. Em minhas mãos as marcas da infância: Subia em árvores, pulava muros, queimava plásticos... As tardes eram longas... A mãe era eterna... A vida era brilhante...
Então no Isaltino os novos companheiros... O grande mestre Pedro Egídio – lembra Edson e Cris e Douglas? Um novo campo, novas histórias e velhos companheiros... E quando fomos ao centro de Sampa com as caras pintadas? O mesmo aconteceu na greve na escola... São flashes e momentos que nunca passarão...
Lembro-me de uma viagem com meus primos a Barretos. Foi a melhor, depois viria uma grande perda: meu primo – com onze anos – morreria afogado no dia seguinte em sua nova residência. Passamos o Natal e o Ano-novo. Sim, lembro-me da árvore natalina em casa da minha tia quando eu dormia lá: o algodão qual neve, o pisca-pisca, os enfeites de vidros... Voltávamos da praça quando ele escorregou e caiu na fonte. Aí todos resolveram se molhar para ele na apanhar... Eu era então um desbravador. Em minhas mãos as marcas da infância: Subia em árvores, pulava muros, queimava plásticos... As tardes eram longas... A mãe era eterna... A vida era brilhante...
Então no Isaltino os novos companheiros... O grande mestre Pedro Egídio – lembra Edson e Cris e Douglas? Um novo campo, novas histórias e velhos companheiros... E quando fomos ao centro de Sampa com as caras pintadas? O mesmo aconteceu na greve na escola... São flashes e momentos que nunca passarão...
Os contratempos tinham – e como!... Mas parafraseando o poema de Drummond o “anjo torto” tentou – e ainda tenta – desanimar-me. As brigas familiares. O pai que era ausente... As dores foram intensas, a mágoa machucava, a timidez feroz trancava-me em uma jaula invisível. Porém, a Luz que vem do céu é o meu conforto. Mas enfrentei e resolvi seguir...
“Chega
um momento em que a vida para de nos dar e começa a nos tirar”, a frase é do
filme “Indiana Jones e o reino da
caveira de cristal”. Tão verdadeira é, pois minha mãe se foi, e duas de
minhas tias... Então o grande vazio que fica obriga a prosseguir ou
estacionar... Optei por seguir... Que culpa tem alguém? Revoltar-se não as
traria à vida... Fácil não foi, mas quem precisa saber?
Sim,
lembro-me das tardes em casa da minha tia com o pão salvado quente e chá com
leite. Da comida que minha mãe fazia. Dos doces e tantas outras coisas... Do
cheiro de café pela manhã... Dos sonhos de cientista, dos livros
companheiros...
Tão vívidos momentos na cabeça. O tempo e o trabalho afastaram os amigos, porém a amizade só fortaleceu. Vieram companheiros na jornada que ajudaram nessa caminhada... E agradeço a Deus pelo amparo e pelos companheiros que Ele me enviou como presente... Muito obrigado amigos... Assim nesse breve brisa em que escrevo agora eu vejo como o tempo corre... A alma ainda é jovem, a mente mais madura, a barriga cresceu, os cabelos rarearam... Mas a disposição e o desejo para o aprendizado e novas amizades estão intactos... Não sei como se chega aos quarenta, mas eis que entrei nele agora...kkk!
Tão vívidos momentos na cabeça. O tempo e o trabalho afastaram os amigos, porém a amizade só fortaleceu. Vieram companheiros na jornada que ajudaram nessa caminhada... E agradeço a Deus pelo amparo e pelos companheiros que Ele me enviou como presente... Muito obrigado amigos... Assim nesse breve brisa em que escrevo agora eu vejo como o tempo corre... A alma ainda é jovem, a mente mais madura, a barriga cresceu, os cabelos rarearam... Mas a disposição e o desejo para o aprendizado e novas amizades estão intactos... Não sei como se chega aos quarenta, mas eis que entrei nele agora...kkk!
03/04/2014