terça-feira, 21 de junho de 2011

GLUTONARIA LITERÁRIA



Tenho comigo um exemplar da revista Estampa de Abril 2003, Ano 2. Nº 18 – Valor Econômico – com o seguinte título de capa: “FOME DE LIVROS”. Minha prima Tatiana quem me deu quando viu a reportagem. Não à toa: sou apaixonado por livros. Considero-me um verdadeiro glutão literário. Gosto de livros bons – não importa a categoria. Claro que possuo mais livros de Literatura, mas se o conteúdo tiver informações interessantes, por que não ler?                     

 
         

Minha fome por livro se deu quando aprendi a ler. Minha prima Wilma era uma leitora voraz, talvez tenha sido ela uma incentivadora sem saber. Na escola algumas professoras incentivavam-nos com livros infantos-juvenil. Um dos livros que me marcou muito foi o De trote em trote agarrei o velhote, de Mauro Martins. Recordo-me dos primeiros versos ainda: Era a velhinha Serafina. Nem muito gorda, nem muito fina. Podia até, se quisesse, tomar vento furacão ou ar. Sem risco algum de voar”. Porém o prazer de ler, infelizmente, poucos desfrutam. Vejo pelo meu sobrinho. Sempre o instigo a ler, mas nada. A leitura não deve ser imposta nem obrigada; do contrário causa aversão. Isso aconteceu comigo na quinta série – hoje sexto ano do Ensino Fundamental II – a professora pediu-nos para ler Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. Ao abrir o livro e deparar-me com aquela dedicatória: Ao verme que primeiro roeu minha fria carne é dedicado, com amor, essas memórias”, não passei da segunda página. Fui lê-lo treze anos depois. É uma grande obra, sem dúvida. Até mesmo Harold Bloom encantou-se com Machado; chegando a adjetivá-lo como um milagre dos trópicos.



Há vários adjetivos para essa paixão: Fome e Glutões de livros – como na revista Estampa –, Vírus da leitura – como Mindlin – ou mesmo Glutão Literário – como no blog do colega Diego da Silveira que gentilmente cedeu-me seu desenho para eu colocar nesse artigo, obrigado Diego! – não importa, o que  precisa acontecer é incentivar as crianças no caminho da leitura. Isso – posteriormente – trará o prazer da descoberta literária.

20/06/2011

sábado, 4 de junho de 2011

SOLFEJO





Em dó, ré, fá, mi, sol, si, ré, dó, lá,
Um lá, sol, dó, ré, fá, mi, si – bemol,
Mi, si, dó, sol, ré, dó, já, lá, está,
A fé, fá, mi, dó, ré, fá, si, é, sol.
Que dó, ré, ré, ouvir a nota má:
 “Ré, dó, ré, ré, dó, dó, ré, dó, ré, sol...”,
Pois onde a vida pulsa e vibra em lá?
Si lá, sei lá, se lá, arde um crisol ―
No peito; e pulsa em dó e mais além,
Mas fá, sol, mi, lá, si, já me convem,
O sol me faz feliz com o que vejo...

A luz em lá no orvalho vem germina,
Nasce à esperança em mi deixando o clima,
Na harmonia simples de um solfejo.