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Desde “O Senhor dos Anéis”, que a
Literatura nunca mais foi a mesma. Começou um crescente de Mundos e Seres
Fantásticos que nem mesmo Stan Lee e Jack Kirb – criadores dos X-mens –
imaginaram. Achar um livro bom agora é tarefa para um Sherlok Holmes. É tantos
títulos à escolha que fica difícil. Estive em uma livraria no feriado para
verificar o novo livro de Stephen King “Sob a Redoma”, quando deparei-me com a
capa de um livro intitulado “Luxúria” de Eve Berlin. Pronto, pensei, agora
começa a febre sadomasoquista, pois tanto essa, quanto “Toda sua” de Sylvia Day
e a precursora “Cinquenta Tons de Cinza”, falam do mesmo assunto. Isso acaba me
incomodando: seguir o embalo alheio. Claro que nesse meio aparece bons livros.
Porém, a mania de continuação de ideias não cai bem. As trilogias estão
em altas. Antes de toda essa gama acontecer Tolkien, Pullman e Lewis não
imaginavam, talvez, o impacto que causariam posteriormente nos futuros
escritores. Até mesmo Stephen King enveredou-se por essas estradas. Disse que quando
viu a obra de Tolkien quis escrever uma história igual. Na época, ele contava
com dezenove anos, quando resolveu criar Roland Deschain da Torre Negra.
Demorou trinta anos para conclui-la, sendo que, devido a prolixidade do autor,
a história acabou prejudicada. J.K.Rowling cria Harry Potter que seguiu por uns
dez anos muitos adolescentes. Essa história lembra muito Pollyanna. Menina órfã
de pai e mãe, que vai morar com a tia. Dorme no sótão, debaixo da escada. O pai
era pastor. Até aí tudo bem, pois sofremos a influência daquilo que vemos,
ouvimos e lemos. Os seres fantásticos que há nos livros são saídos de um
“Senhor dos Anéis” e “Nárnia”. Depois dela, Rick Riordan com “Percy Jackson. Meninos parecidos
desprezados, descobrem-se especiais, vão para um lugar onde podem desenvolver suas
habilidades e “A descoberta das bruxas” de Deborah Harkness. Esse é uma menina
Debora Bishop, pais bruxos, fica órfã aos sete anos. Em um a trama é entremeada
de Vampiros e Lobisomens para dar mais emoção. No outro, os deuses e seres
mitológicos, porém discípulos de Rowling.
Depois Stephenie Meyer e a saga
Crepúsculo. Daí pra cá, a literatura imergiu em tanta fantasia que o estranho
mesmo é ler um livro comum.
Li o livro "A Rainha dos
Condenados" de Anne Rice, deparei-me com uma questão: um capítulo
intitulado "Daniel, o garoto da
Entrevista com o Vampiro, ou o favorito do demônio", vi ali a história
de Bela e Edward e Bela. Pois um vampiro – Armand – apaixona-se por ele. Corteja-o,
protege-o, e o guarda de uma forma desesperadoramente apaixonada. E Daniel pede
para ser transformado em vampiro também, pois logo envelhecerá e morrerá – alguém
já leu isso em algum lugar? Se não me falha a memória, Meyer disse que sonhou
com Edward. A intertextualidade é
latente, não tem como negar. No livro dela também há um quê de X-MEN nos
vampiros, pois todos têm poderes especiais. Porém, anteriormente,
André Vianco em seu “Os Sete”, criou uns vampiros superpoderosos: Espelho,
Acordador, Miguel, Lobo, Inverno e Tempestade. Esses são uns personagens bem
montados. Achei muito interessante a história. Mas veja a influência “x-men”:
Espelho seria a Mística, Inverno e Tempestade nem precisa dizer nada. Pensei que
tivesse, enfim, chegado ao fim a Era dos vampiros apareceu “Crepúsculo”. É claro,
que com a demanda de livros de fácil assimilação, um autor lançando uma
história boa, dando certo logo vira embalo. Vieram outros temas: Sereias,
anjos, demônios, zumbis, deuses
mitológicos. Claro que nesse meio há
coisas – aparentemente – boas; como a “A Maldição do Tigre” de Colleen Houck, “Delirio”
de Lauren Oliver, “ Noturno” de Guilermo Del Toro, dentre outros. A saga agora é descobrir uma
obra original na Era dos Embalos.
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