quarta-feira, 2 de outubro de 2013

NO LIMITE


http://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/2012_10_01_archive.html


O mundo clama agora por ajuda!
A vida outrora tão valorizada,
Nem um centavo mais – não vale nada,
E a população assiste muda


A tanta atrocidade a madrugada;
E essa dor intermitente – aguda –,
Um lanho que necrosa a alma desnuda,
A torna esmorecida – enfadada.


A esperança e a fé concomitante,
Em sonho se transforma – ânsia distante...
E no Malino jaz o mundo então...


O desespero toma conta das pessoas,
Pois raro é ver o Amor e almas boas,
Pois quase tudo é Caos e Confusão...


27/04/13 – 7:31


ESPANCARIANISMO





sábado, 2 de março de 2013

MONÓLOGO DE UM PERSONAGEM INEXISTENTE




Meu nome ainda não sei. Também não sei meu sexo, idade, profissão, hobbys, enfim... Estou aqui na mente do escritor. Talvez eu seja um impulso elétrico, uma inspiração ou uma ideia... sei lá. Não me pergunte como adquiri consciência. Consciência, provavelmente, não; pois nada sou ainda... Nasci de uma observância? Leitura? Imaginação? Vai saber...

Posso ser um anjo, gênio, vilão, poema, palavras, imagem, som, reflexão... Quero nascer, expor-me, imortalizar-me, porém, somente meu criador saberá... Talvez eu seja um animal em alguma fábula, ou, quem sabe, seja como a Baleia ou Quincas Borba por exemplo. Um herói como Ulisses, Dom Quixote, Macabeth. Essas personagens não as conheço, mas vejo aqui no cérebro do meu criador. Alguns com boa aparência, outros nem tantos. Deparei-me com seis personagens de Pirandello. Esses, ao contrário de mim, procuram um autor. Eu já estou aqui. Sou uma sombra, um enredo, uma projeção. Como e quando sairei... Não posso precisar... Nada conheço além do que vejo; nada vejo além do que ouço; nada ouço além do que sinto... A época não  tem muita importância. Posso ser do século I ao ano 3050, somente meu autor saberá.

Talvez eu seja uma estátua que tudo observa muda e impassível. Um androide, robô, um cidadão comum. Um verbo, uma ação... Mas no momento sei que nada sou, querendo ser alguma coisa. Hum... acho que ouvi isso, ou li essa ideia em algum canto da mente a qual habito.

Quantas imagens vejo de mundos e mares explorados e outros a serem descobertos e criados? Assim a expectativa me atormenta nesses tempos. É provável que eu retorne. Adormeça – como A Bela adormecida, ou desapareça como um raio, uma brisa, um sopro de ideia, que vem e vai-se rapidamente... Mas, não quero pensar nisso por hora, pois ora, não sou um vivente agora?

Aqui parece o espaço de tantos impulsos elétricos vibrantes que vejo no momento. Brilham como estrelas. Uma visão indescritível. É tão belo e assustador ao mesmo tempo pelas diversidades de pensamentos e ideias. Só mesmo estando desse lado para observar e ter uma opinião. Ainda aguardo minha vez. Quando será, espero que breve. Sinto meu criador pensando em mim. É palpável. O toque em mim é sem tato físico, porém sinto a carícia, o abraço, a sedução...

O Bom é vê-lo escrevendo sobre mim. Vejo através dos seus olhos. Porém, não me vejo nessas palavras dispersas. Ouço as melodias variadas, sinto a sensação sensível de cada tom... o que serei? O que farei? Ser, às vezes, fere.

Meu nome poderia ser – nesse instante – Tormento, pois quero ser alguma coisa ou algo e não consigo fazer-me – ou ser moldado –, e transformo-me em dor física no cérebro do meu criador.

Desfar-me-ei por enquanto. Serei poeira, impulso, inspiração, sonho, fantasia, ideia, palavra. Renascerei – quem sabe – numa outra oportunidade. E quando acontecer, você saberá.


13-14/02/2013




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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

LOURES HOMENAGEIA GONÇALVES






Gritando uma canção em brado forte,
Ouvir a tua voz me emociona
Nascendo a cada dia em nova sorte
Criar um verso assim impulsiona
Alçando num momento, traz um norte
Libertário, voltando sempre à tona
Valor deste poeta que é de porte.
E a Musa que jamais o abandona
Sempre mitigará dores do corte.

Recebe com carinho estes meus versos
Eu sei embora pobres, são tão veros
Instigas a voar por universos
Semeando teus cantos mais sinceros...

MARCOS VALÉRIO MANNARINO LOURES 


Meu caro mestre, uma homenagem dessa direcionada a minha pessoa  é uma honra indescritível.
Estou muito feliz pela homenagem.

Gonçalves Reis.

(Um dos grandes poetas contemporâneo. Leia-o:
http://valmarloumann.blogspot.com.br/

terça-feira, 25 de setembro de 2012

ADOÇANTE, POR FAVOR











Ana Acordara de manhã com uma grande fome. Comera dois pães com manteiga – aos pedaços, como queijo – com mais dois copos com café com leite. No almoço, dois pratos com comida. Tinha um encontro com uma colega num shopping. Após visitarem – e comprarem em algumas – a muitas lojas, pararam num quiosque para um cafezinho. Pediram dois expressos com dois pães de queijos recheados. Açúcar ou adoçante, perguntou a atendente. Adoçante, por favor, pois estou de regime.

21/O8/2O11

sábado, 16 de junho de 2012

ARQUITETO


ARQUITETO
Constrói o joão-de-barro,
Com grande engenhosidade;
Sonho de aconchego
02/10/2011

domingo, 10 de junho de 2012

FOI APENAS UM SONHO







Desde menina, Samanta tinha sonhos estranhos. A primeira vez que aconteceu, ela tinha sete anos. Acordou assustada e chorando. Seus pais lhe perguntaram o que tinha acontecido. Sonhei que o vovô estava cheio de sangue. Seu pai abraçou. Foi só um pesadelo. Porém dois dias depois, seu avô morrera atropelado. O choque foi tanto que ela ficou sem falar por dois anos. Nesse período os sonhos pararam. No dia de seu aniversário de doze anos, ela resolveu quebrar seu voto de silêncio. Naquela noite sonhou com um terrível acidente. Aquilo a assustara por demais! Mas nada disse a ninguém. Uma semana depois assistira na televisão notícias do acidente – igualzinho como sonhara. Perturbou-se. Entrou em depressão. Seus pais não desconfiaram de nada. Ela rezava para não sonhar mais. Passava as noites acordada. Até que começou a ver de olhos abertos. Caiu doente. Sem apetite algum. No terceiro dia sem comer, apareceu-lhe o Anjo do Senhor. Samanta, Samanta o que temes? Quem é você? O Anjo do Senhor. Por que carrega tanta culpa em seus ombros? Por favor, se puder tire isso de mim. Ah, bem sei como é difícil nascer com um dom desses. Dom, não pra mim. Quando você vê acontecimentos e tenta alertar as pessoas, elas dizem que estou louca. Que é coisa da minha cabeça. Por favor, me cure. O Anjo a olhou com pesar e compreensão. Assim seja. Desapareceu. A partir daquele dia, sentiu-se mais aliviada, mais leve, porém mais vazia.
Uma nova fase começou em sua vida. Completou o ensino médio. Prestou vestibular. Conheceu o novo vizinho Henrique. E com ele se casou. Tiveram uma menina a qual deram o nome de Viviane. Assim, quando Viviane estava com sete anos, entrou chorando em seu quarto dizendo que tinha sonhando que a vovó tinha morrido. Samanta ficou paralisada; seu coração disparado; enquanto Henrique apressou-se em socorrer a filhar dizendo-lhe. Não foi nada querida. Foi apenas um sonho.

20/09/2011