quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

PONTO COFFE







No Ponto Coffe acontece os encontros mais incríveis. Venha degustar um saboroso pedaço de torta de maçã com um café fresquinho feito em máquina italiana. diversas iguarias e sabores.  Mas, além disso, debates literários, música e muita descontração. É o poit do momento. Todo mundo quer conhecer o novo Café literário. Porém, algo extraordinário mudou esse cenário aconchegante, acolhedor e intelectual. Duas atendentesMarina e Suelitrabalhavam no balcão servindo os clientes, quando entrou um cliente bem afeiçoado. Alto, pele clara, nariz bem desenhado, olhosbom esse é um detalhe a parte, sombracelhas grossasnão unidas, mãos bem cuidadas, unhas aparadas, vestido casualmente, calça de sarja preta, camisa azul clara com listras azul marinho, cinto de lona de caminhão, jaqueta de couro, uma gravata vermelha frouxa, um brinco na orelha esquerda, um chapéu, cobrindo os cabelos castanhos médio, cavanhaque bem aparado e muito carismático. Quando chegou ao balcão pediu um café, Marina logo se prontificou a servi-lo. Mais alguma coisa? Hum acho que vou querer um pedaço dessa torta de maçã, está tão apetitosa. Essa é que faz mais sucesso. Serviu-o. Obrigado, agradeceu o desconhecido com um sorriso enigmáticoflechando o coração de Marina. Sentou-se numa mesa abriu um livroque carregava consigoA Ilíada, pôs-se a ler.
Sueli vinha do toalete. Marina? Sonhando acordada? Ah oi. Precisa de alguma coisa? Eu não, mas esqueceu-se que deu sua hora a cinco minutos? Nossa! Nem percebi, mas também com aquele colírio para os olhos, o tempo voa mesmo. Quem? Aquele sentado na terceira mesa próxima à janela. Hummurmurou Sueli depois de analisá-lo, realmente é um gato.
Ele levantou-se levando a xícara e o prato até o balcão. Agradeceu. Pagou e foi-se embora. Retornando no dia seguinte no mesmo horárioao cair da tarde. Quem o atendeu dessa vez foi Sueli. Diferente de Marina, ela logo puxou conversa. Descobrindo que ele possuía uma loja de antiguidades e dava aula de Arqueologia à noite numa Universidade. O que encantou Sueli foi seu olhar.
Ele era pontual, educado, um verdadeiro gentleman. Tanto Marina quanto Sueli, descobriram-se apaixonadas por ele.Todavia, Sueli escondia que Marina o tinha visto primeiro. Porém, uma coisa difícil de guardar por muito tempo é o sentimentoprincipalmente quando ele é movido pela paixãodisputavamentre sio atendimento a ele. Marina descobriu que seu nome era Eudomás. É isso mesmo? Sim, na verdade era para ser Edmar, porém devido a um erro de digitação ficou assim. Ah. Marina encantava-se com seu sorriso entre o cavanhaque.
Numa manhã nevoenta, Marina discutiu com Sueli ao descobrir que a colega saíra com ele. Estapearam-se fora do estabelecimento, claro, e não se falaram mais. Eudomás continuou frequentando o ambiente. Falava normalmente com cada uma que era quase impossível resistir sua sedução, não elas, mas conquistara todos os funcionários.  Até quem um dia elas não apareceram para trabalhar. Alguns estranharam. Ligaram para seus telefones, porém nem uma nem outra atendeu às chamadas. No dia anterior a mesma ausência. Estranhando a longa ausência, o gerente entrou em contato. Nem mesmo os parentes sabiam. A única coisa que disseram era quetanto uma como a outratinham um encontro marcado com um homem. Que homem? Ninguém se lembrava no Ponto Coffe. Depois que alguns funcionários se lembraram. Aquele do cavanhaque. O caso ficou conhecido comoO sumiço das meninas do Ponto Coffe” ouO Homem do Cavanhaque”.


 01-07/07 2011

Um comentário:

  1. Oi Sidney, parabéns pelo conto! Confesso que fiquei muito curiosa em descobrir o paradeiro das personagens desaparecidas. Você construiu uma simples narrativa, porém muito misteriosa e interessante de se ler. Quando fará a continuação? Abraços,Idianara.

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